[Musica: "No Dudaria", Antonio Flores - No Dudaria]
[Metam
a musica a tocar antes de começarem a ler para criar ambiente]
Bora matar o poeta
que sempre me quis ver exorcizado
que se metade de mim é
poeta
noutra tenho o demónio
raptado
Bora rebentar estrelas,
Que farto já estou do céu a
brilhar
Bora esvaziar-me em sangue
que farto já estou de me
purgar
--Espetem-me facas
Rebentem-me como um balão
Mas nunca e nunca mais
Me toquem no coração.
Bora mandar-me para um
vulcão
Medo não tenho da minha
praia
Quem viveu sempre na prisão
Não questiona, não diz
não!
Chega!
Critiquem e espanquem este
homem que luta
--Pois que nunca duvidem que
sou, um filho da vida bruta
E que embora tenha um
coração grande
Muitos não o veem nem com lupa
E à falta de quem não
sente, eu é que tenho a culpa!
[Deixem a musica terminar]
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