sábado, 15 de dezembro de 2018

Bora matar-me

 [Musica: "No Dudaria", Antonio Flores - No Dudaria]
 [Metam a musica a tocar antes de começarem a ler para criar ambiente]

Bora matar o poeta
que sempre me quis ver exorcizado
que se metade de mim é poeta
noutra tenho o demónio raptado



Bora rebentar estrelas,
Que farto já estou do céu a brilhar
Bora esvaziar-me em sangue
que farto já estou de me purgar

--Espetem-me facas
Rebentem-me como um balão
Mas nunca e nunca mais
Me toquem no coração.



Bora mandar-me para um vulcão
Medo não tenho da minha praia
Quem viveu sempre na prisão
Não questiona, não diz não!

Chega!
Critiquem e espanquem este homem que luta
--Pois que nunca duvidem que sou, um filho da vida bruta
E que embora tenha um coração grande
Muitos não o veem nem com lupa
E à falta de quem não sente, eu é que tenho a culpa!


[Deixem a musica terminar]

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